O MANIFESTO COMUNISTA (Atividade 8)

MANIFESTO COMUNISTA (Marx: 1818/1883 & Engels: 1820/1895)


“Um espectro ronda a Europa – o espectro do comunismo” 

“Não pretendemos de modo algum abolir essa apropriação pessoal dos produtos do trabalho, indispensável à manutenção e à reprodução da vida humana. [...] Queremos apenas suprimir o caráter miserável dessa apropriação, que faz com que o operário só viva para aumentar o capital e só viva na medida em que o exigem os interesses da classe dominante.” 

“[...] no regime burguês os que trabalham não lucram e os que não lucram trabalham. [...] vosso direito não passa da vontade de vossa classe erigida em lei..."

“Em lugar da antiga sociedade burguesa, com suas classes e antagonismos de classes, surge uma associação na qual o livre desenvolvimento de cada um é a condição para o livre desenvolvimento de todos.”
. "Que as classes dominantes tremam à ideia de uma revolução comunista! Nela os proletários não tem nada a perder a não ser os seus grilhões. Têm um mundo a ganhar."
PROLETÁRIOS DE TODOS O PAÍSES, UNI-VOS!” 
MARX, Karl. ENGELS, Friedrich. Manifesto Comunista. 1848


Lênin discursando aos operários em 1917 durante a Revolucão Russa.

Análise de Texto
Marx & Engels
01. Explique as frases abaixo:
a. “[...] no regime burguês os que trabalham não lucram e os que lucram não trabalham.”
b. “[...] vosso direito não passa da vontade de vossa classe erigida em lei,[...]
c. “[...] o livre desenvolvimento de cada um é a condição para o livre desenvolvimento de todos”.

ANOTAÇÕES DO PROFESSOR

Revolução Industrial e a formação do proletariado. Cercamento das terras.
Socialismo Utópico x Socialismo científico. Os primeiros nem sempre reconheciam o antagonismo entre a burguesia e o proletariado, admitindo a possibilidade de reformar a sociedade mediante a boa vontade e a participação de todos.
Materialismo Dialético: os fenômenos materiais são processos e o espírito não é conseqüência passiva da ação da matéria, podendo reagir sobre aquilo que o determina. Ao contrário do idealismo de Hegel, para Marx, a matéria é o dado primário, a fonte da consciência, e esta é um dado secundário, derivado, pois ela é um reflexo da matéria. Há uma Ideia de totalidade, todos os fenômenos estão relacionados. Tese-Antitese-Sintese. Nenhum fenômeno pode ser compreendido isoladamente. Os fatos pertencem a um todo e como tal fazem parte de uma estrutura.
Materialismo Histórico: teoria que aplica os princípios do materialismo dialético na história, isto é, a explicação da história por fatores materiais, econômicos e técnicos. Invertendo deste modo a explicação da história pela ação de “grandes homens” ou pela intervenção divina. No lugar de personagens está a luta de classes. Para estudar uma sociedade não se deve partir do que os indivíduos dizem ou pensam, e sim do modo pelo qual produzem os bens materiais necessários à sua vida.
• A sociedade estrutura-se em dois níveis: Infraestrutura (engloba as relações do ser humano com a natureza, e Superestrutura que constitui o caráter político-ideológico da sociedade. Que tem uma estrutura jurídico-política onde o Estado e as leis estariam a serviço da classe dominante. E uma estrutura ideológica representada pela consciência social, isto é, a forma como os indivíduos se organizam a partir de crenças religiosas, literatura, artes, filosofia, concepções de ciência, etc. Para Marx, as expressões culturais refletem os valores da classe dominante e, desse modo, tornam-se instrumentos de dominação.
Filosofia da Práxis: não existe “natureza humana” idêntica em todo tempo e lugar. O indivíduo se auto produz à medida que transforma a natureza pelo trabalho. O trabalho se apoia numa ação coletiva, e é um projeto e como tal depende da consciência que antecipa a ação pelo pensamento.
Relações de Produção: é o modo como seres humanos se organizam para executar a atividade produtiva, estabelecendo a divisão do trabalho social.
Forças Produtivas: o conjunto formado por clima, água, solo, matéria prima, máquinas, mão de obra e instrumento de trabalho. E elas sofrem alterações.
Modos de Produção: são as maneiras de organização das forças produtivas em determinadas relações de produção num dado momento histórico. Ex. máquinas do sistema fabril determinam as relações de produção no sistema capitalista: dono do capital e operário assalariado.
As forças produtivas desenvolvem-se até um certo ponto e quando atingem um estágio avançado, tornam-se inadequadas e entram dialéticamente em contradição com as antigas relações de produção. Surge a necessidade uma nova divisão do trabalho.
Mais Valia: o valor que o operário cria além do valor de sua força de trabalho, e que é apropriado pelo capitalista.
Alienação e Ideologia:  Na alienação o trabalhador se torna mercadoria que é o que ele chama de reificação. O fetichismo é o processo pelo qual a mercadoria, um ser inanimado, adquire “vida”, porque os valores de troca tornam-se superiores ao valores de uso e passam a determinar as relações humanas. A ideologia faz com que a alienação não seja percebida. As classes dominantes estendem suas ideias como se fossem universais, camuflando a luta de classes.
Críticas ao Estado: A ideologia oculta o fato de que o Estado expressa interesses da classe dominante. Revolução. 1ª fase: Estado provisório, a ditadura do proletariado (socialismo).  2ª fase: supressão da sociedade de classes, fim do Estado.

FONTES:
ARANHA, M.L.A.; MARTINS, M.H.P. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo, Moderna, 2016
CHAUI, Marilena. Iniciação à Filosofia. São Paulo, Ática, 2017
MELANI, Ricardo. Diálogo: primeiros estudos em Filosofia. São Paulo. Moderna, 2016

VASCONCELOS, José Antonio. Reflexões: Filosofia e cotidiano. São Paulo. SM, 2016


            

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